
O republicanismo vem dar-nos a possibilidade de saborearmos o tempo de outra maeira. O reublicanismo, à medida que passou, criou. Com ele, o preenchimento do tempo ganhou sentido existencial, fez com que a realidade se confundisse com o sonh. Com ele, a vontade de futuro nasceu, turbulenta é certa, mas com o desejo de faxzer existir, fazer-ser de outra maneira, fluindo à procura de um novo leito.
O republicanismo foi um processo de raiz ontológica. muita coisa passou com o tempo e muita coisa ficou no tempo. É certo que tudo poderia ter sido diferente, mas não podemos inverter o sentido do que aconteceu, vivê-lo de novo, aperfeiçoando geometricamente o que correu mal, apagando erros e eternizando as virtualidades. mas podemos, num outro tempo, no nosso tempo, celebrar o valor do diálogo, aprendendo e refletindo sobre o que aconteceu num outro espaço-tempo. O republicanismo é um mar de correntes e ondulações. O importante é que todas essas sensibilidades tenham a possibilidade de nos ensinarem a ser futuro.
O livro, que agora se apresenta, convoca algumas vozes e olhares sobre a Iª República, um período basilar da nossa história nacional integrando-se nas comemorações do Centenário da República portuguesa.
José Viegas Brás & Maria Neves Gonçalves